Neuro... O quê?
Apresentamos a você uma visão geral, simples e prática, sobre o que é a Neurolinguística, no texto abaixo, extraído do conteúdo do nosso livro O DIFICIL É SER FÁCIL e parte integrante do Módulo Básico do Treinamento Online.
A NEUROLINGUÍSTICA, VOCÊ E OS OUTROS
A chamada PNL (Programação Neurolinguistica) é um conjunto de habilidades que nos permite aprender como funciona o nosso cérebro, além de oferecer "dicas" sobre como comandá-lo.
Não pode ser considerada uma ciência ou uma doutrina, mas sim como uma série sequencial de procedimentos, obtida por um conjunto de técnicas oriundas de outras especialidades, tais como a psicologia, a biologia, a cibernética, a matemática, a física, a química, etc., cuja confluência e interação procura beneficiar os seres humanos.
Portanto, quando se fala de NEUROLIGUÍSTICA, é importante começar a entender a verdadeira dimensão dessa nossa maravilhosa máquina neuronial chamada de CÉREBRO, sem pré-julgamentos... Porque é nela que têm origem todas as manifestações de todos os seres humanos. É o centro dos conhecimentos. É aí onde estão todas as perguntas. E quase todas as respostas.
A LINGUAGEM DO CÉREBRO
O cérebro não trabalha só com palavras.
Ele transforma tudo em imagens carregadas de apelos visuais, auditivos, táteis, olfativos e gustativos.
Quando, por exemplo, alguém lhe diz que "gosta muito da Dorotéia", o que lhe vem à mente? O conteúdo da palavra "gostar"? Ou da palavra "muito"? Não. Na hora, vem à sua mente a imagem de Dorotéia, como você a vê ou se recorda dela. E, dependendo do impacto emocional que a Dorotéia tenha causado à sua mente, além de visualizá-la nitidamente, você pode até se lembrar do som da sua voz, do perfume que ela costumava usar... e até de outros fatos mais marcantes.
O cérebro nem sempre consegue distinguir o que é real e o que é imaginário
Cada ser humano tem o seu padrão particular de VISÃO DO MUNDO e, no processo de recriação de imagens, o cérebro usa as associações disponíveis dentro de cada um de nós, para gerar "aquela" imagem que vimos (ou pensamos ver). Vale dizer que nem sempre o que pensamos ver corresponde à realidade. É uma coisa instigante, concordo, mas é assim que acontece.
Durante os treinamentos, às vezes faço uma brincadeira: conto para um dos participantes uma breve história e peço que o mesmo a reconte para outro, este para outro e assim por diante; quando o último participante já a houver escutado, eu lhe peço que repita a história, em voz alta. E, quase sempre, a versão final não tem nada a ver com a original, salvo por algumas pequenas particularidades que permanecem fiéis!
O que isso significa? Significa que a imaginação de cada um pegou um fato real e o interpretou (ou imaginou) conforme o seu senso de valores pessoal. E todos juram que a sua versão é a mais verdadeira.
Todo o cérebro participa do processo de "lembrar", mas nem sempre tem noção exata do tempo
As imagens são comandadas pelo hemisfério direito. A noção de tempo, pelo hemisfério esquerdo. E as emoções e memórias, pelo sistema límbico, localizado nas partes mais profundas do cérebro.
Dependendo de como isso tudo está conectado pelos neurônios, nem sempre o cérebro consegue determinar exatamente o tempo exato de certo fato ou acontecimento.
É comum, durante os exercícios de Neurolinguística que tratam do "resgate de memória", que as pessoas encontrem imensa dificuldade para comandarem os seus cérebros no que diz respeito ao tempo. Alguns têm recordação nítida de fatos que ocorreram há décadas, ao mesmo tempo em que não se recordam dos fatos acontecidos ontem.
A linguagem do cérebro não aceita dúvidas, intenções ou negativismos
Ele é uma máquina poderosamente ecológica, com um sentido positivo de sobrevivência extraordinário.
Além disso, a linguagem que ele entende é "substantiva". De "verbal", só quando indicar ação direta (estou, sou, etc.). Verbos como "quero", "preciso", etc., o confundem. De igual modo, os adjetivos, pronomes e advérbios ---- tão abundantemente usados por nós ---- servem apenas para causar confusão nele.
Dizem os especialistas que todos nós, no estágio da infância (até os sete anos de idade) e, portanto, quando os cérebros têm maior impressionabilidade, ouvimos dezenas de milhares de vezes a palavra "não"!!! Como o cérebro não consegue formar uma imagem nítida através do conceito do "não", imagine quantas imagens confusas nós não carregamos pela vida afora.
Se você pretende REESTRUTURAR o seu padrão cerebral, então é bom começar pela LINGUAGEM que você está acostumado a usar com os seus neurônios. Aposente o "não", o "estou querendo", o "talvez"... ou vai ficar no "quase" o tempo todo.
Resumindo: o objetivo da PNL é o de oferecer recursos para que possamos mudar as maneiras pelas quais utilizamos a nossa fenomenal máquina neuro-emocional e, por conseguinte, para que nos tornemos pessoas melhores e mais conscientes, tanto no aspecto pessoal quanto profissional.